junho 11, 2006

Mais US$ 20 milhões para a internacionalização da Amazônia

O WWF dos EUA acaba de anunciar a maior doação individual já recebida pela ONG – 20 milhões de dólares – do casal Roger e Vicki (Victoria) Sant, notícia nada surpreendente para os nossos leitores. Menos ainda por ser um dinheiro carimbado para o Amazon Regional Protected Areas – ARPA (atenção para a sigla em inglês, mantida sem retorques pelo 'governo' brasileiro)-, programa arquitetado pelo próprio WWF em conluio com o Banco Mundial para “proteger” meio milhão de quilômetros quadrados na Amazônia brasileira por meio de um sistema de parques e reservas naturais que, em última instância “ultrapassará, em dimensão, todo o Sistema Nacional de Parques dos Estados Unidos”. [1]

Para efeitos de comparação, veja-se que o Comando Militar da Amazônia dispõe de apenas R$ 6 milhões (menos de 2,7 milhões de dólares) por ano para novos investimentos na vastíssima região sob sua responsabilidade: são 25 mil homens distribuídos em 124 unidades baseadas em 62 localidades, responsáveis por uma região de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, com 20 mil quilômetros de rios navegáveis e 11 mil quilômetros de fronteiras com sete países.

Em seus quatro anos de funcionamento, o ARPA já protegeu, segundo o WWF, mais de 42 milhões de acres (cerca de 17 milhões de hectares) na Amazônia brasileira.

Roger Sant é co-fundador e Chairman Emérito da AES Corporation que, no Brasil, controla a Eletropaulo. Sant foi igualmente o chairman do WWF nos EUA de 1994 a 2000 e, atualmente, integra a sua diretoria. Em sua mensagem de despedida, Sant ressaltou que as campanhas mundiais do WWF, “Global 200” e “Planeta Vivo”, constituem iniciativas cruciais para introduzir o que qualifica como “um mar em conservação da natureza” porque visa obter “resultados conservacionistas em escala panorâmica”, forçando “governos e outros atores a pensar e agir em grande escala, freqüentemente além de suas próprias fronteiras”. Como exemplo marcante desta abordagem, Sant cita a aliança entre a ONG e o Banco Mundial.

Já a sua esposa Vicki dirige a Summit Foundation, entidade “filantrópica” que tem o controle populacional – malthusianismo mal-disfarçado – como uma de suas principais atividades. A fundação financia, por exemplo, a Federação Internacional de Paternidade Planejada (International Planned Parenthood Federation - IPPF), uma das principais pontas-de-lança do controle de população nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil, onde atua por intermédio de sua subsidiária, a Sociedade de Bem-Estar Familiar (BENFAM).

Como sabem nossos leitores, para os ideólogos do ambientalismo, o homem é considerado o maior predador da natureza e, como tal, deve ser eliminado em determinadas regiões, como a Amazônia. Os mais radicais pregam que a população mundial não deveria passar de 1,5 bilhão de habitantes até o final do século 21. Os cerca de 4,5 bilhões de “excedentes” são exatamente os prolíferos africanos, sul-americanos e asiáticos dos países do antigo Terceiro Mundo.

Notas:
[1]“WWF Receives $20M Gift from Roger and Vicki Sant to Help Safeguard the Amazon”, WWF-EUA, 30/05/06


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