junho 21, 2006

A fantástica batalha de Santarém

12/jun/06 – Ontem, o programa Fantástico – um dos carros-chefe da TV Globo -, dedicou nada menos que 7 minutos para reportar o que denomina por “A guerra da soja” em Santarém (PA).

“Os repórteres do Fantástico chegam a um território marcado por conflitos, ameaças de morte e tensão por todos os lados. É uma região em pé de guerra - um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento. No Brasil, uma cidade está em guerra. E pouca gente sabe... Santarém fica no coração da floresta, no encontro dos rios Amazonas e Tapajós. A cidade de 300 mil habitantes está no centro de uma disputa feroz. De um lado, fazendeiros vindos de outros estados do país, principalmente Rio Grande do Sul e Paraná. Eles querem usar as amplas terras ao redor da cidade para plantar soja. ‘Alimentar o país’ é o lema deste grupo... Do outro lado, ecologistas, Igreja Católica e os moradores antigos da região. O objetivo deles é desenvolver sem agredir a Amazônia”, inicia a reportagem.

Por “ecologistas”, leia-se Greenpeace, que derrama milhões de reais em sua campanha anti-desenvolvimento na região; por Igreja Católica, leia-se religiosos adeptos e seguidores da Teologia da Libertação, considerada herética pelo ex-cardeal Ratzinger, atual papa Bento XVI; e, por moradores antigos da região, entenda-se os milhares de inocentes-úteis, a maioria dos quais lamentavelmente situados abaixo da linha de pobreza, capturados pelo proselitismo verde-herético.

A reportagem é tão tendenciosa em favor do Greenpeace e caterva que muitos cogitam se não se trataria de matéria paga. Confira em http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1214677-4005,00.html a apresentação de material produzido pelo próprio Greenpeace sobre sua frustrada ação direta para bloquear o terminal graneleiro da empresa Cargill em Santarém e a reação da população que abordou o equipadíssimo navio da ONG, o Artic Sunrise, além de outras cenas de “merchandising” explícito.

Paulo Adário, o chefete local da campanha do Greenpeace na Amazônia (o poderoso chefão, Martin Kaiser, movimenta seus peões a partir da Europa), teve o desplante de afirmar que “A nossa soja está alimentando a vaca da Europa. A vaca da Europa é confinada e ela come soja brasileira”, induzindo intencionalmente o telespectador a pensar que isso ocorre apenas com a nossa soja. Trata-se de um engodo propagandístico, artifício utilizado recorrentemente pelo Greenpeace. Como sabe qualquer pessoa do ramo, cerca de 90% da soja produzida no mundo são destinados à ração animal.

Contudo, como se diz na região, o risco que corre o pau, corre o machado. Mesmo tendenciosa, a matéria do Fantástico mostrou que existe uma reação cívico-popular contra a presença do Greenpeace e caterva na região por meio do movimento “Fora Greenpeace, a Amazônia é dos brasileiros”. Setores do aparato ambientalista mostram sinais de apreensão com o provável “contágio” do “efeito Santarém” em outras localidades da região, como mostra a nota acima.


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