junho 30, 2006

Greenpeace flagrado (outra vez) com a boca na botija

Como está ficando cada vez mais claro para a opinião pública em geral, o engodo é o instrumento de trabalho permanente dos que fizeram do ambientalismo radical uma rentável opção de vida. Felizmente, a cada dia cresce a conscientização geral sobre as fraudes e exageros com que os “verdes” apresentam suas campanhas alarmistas contra os avanços da tecnologia e do progresso, visando convencer o grosso da sociedade de que o pleno desenvolvimento da Humanidade irá provocar um Apocalipse ambiental. E com freqüência cada vez maior, os “defensores da natureza” se vêem enredados em suas próprias tramóias, como ocorreu recentemente com o Greenpeace nos EUA.

No início de junho, o presidente George W. Bush visitou a Pensilvânia para promover a retomada do uso da energia nuclear no país (depois de três décadas de estagnação do setor, decorrente das concessões ao radicalismo ambiental). Como seria previsível, o Greenpeace aproveitou a oportunidade de efetuar mais uma de suas espalhafatosas aparições públicas, preparando um panfleto-denúncia contra a central nuclear Exelon Limerick, situada na cidade de Pottstown, onde Bush falaria. Acontece que, por uma falha de revisão, o folheto foi impresso com um texto provisório, no qual se lia: “Nos 20 anos decorridos desde a tragédia de Chernobyl, o pior acidente nuclear do mundo, houve quase [PREENCHER COM FACTÓIDE ALARMISTA E ARMAGEDONISTA].”

Apanhado em flagrante, um porta-voz da ONG “armagedonista” disse apenas que aquele texto preliminar não deveria ter sido impresso. Com fina ironia, o jornal Richmond Times-Dispatch (10/06/2006) observou que a falha não teria ocorrido se o Greenpeace praticasse um controle preventivo de acidentes como o da indústria nuclear. De qualquer maneira, afirma, é bom saber que o Greenpeace mantém a sua atitude antinuclear até mesmo quando não pode explicar por que.

junho 21, 2006

ONGs temem "efeito Santarém"


14/jun/06 – Com o sugestivo título “Ameaça em curso”, a Rets (Revista do Terceiro Setor) publica hoje uma entrevista com o ambientalista Tarcísio Feitosa, membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Altamira que está por embolsar 125 mil dólares como um dos ganhadores do Prêmio Goldman de Meio Ambiente de 2006, concedido pelo Goldman Fund, por sua atuação em defesa dos direitos humanos, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável no Xingu e na Terra do Meio, no Pará.

Ao mencionar que o clima de tensão na região tem piorado desde o dia 19 de maior passado, “quando o Greenpeace sofreu um ataque em Santarém” (sic), a Rets afirma que a campanha logo se generalizou “para um movimento antiorganizações sociais, ganhou o oeste do estado do Pará e chegou a Altamira, segundo relatou Tarcísio Feitosa”:


Rets – Como está a situação hoje no Pará em relação à construção de Belo Monte?
Tarcísio Feitosa - A campanha contra o Greenpeace em Santarém está se ramificando para o oeste do Pará. Existem faixas em todas as esquinas da cidade. Em uma delas está escrito “8.711 desempregados na região”. A situação aqui é preocupante.
Ontem [5 de maio] houve um seminário sobre meio ambiente em Altamira e a pergunta principal que faziam para a gente era: “Quem dá dinheiro para vocês?”. Apresentamos as fontes de financiamento, inclusive do governo federal. Havia quatro câmeras nos filmando, uma parafernália enorme gravando os nossos depoimentos. E depois nos perguntaram se éramos a favor ou contra Belo Monte.

Rets – Mas a população concorda com essa campanha contra as organizações da sociedade civil?
Tarcísio Feitosa – Existem 8 mil pais de famílias desempregados por causa do fechamento das madeireiras. Isso é complicado. Fora isso, faz uma semana que vem sendo veiculada na televisão uma campanha com o tema “Eu Quero Belo Monte”, apoiada por fazendeiros, empresários locais e madeireiros. A campanha é assinada por um Comitê Pró-Belo Monte. Com certeza, é gente de fora que está trabalhando a estratégia, porque os nossos inimigos nós conhecemos bem.


Ao mencionar a “gente de fora”, Feitosa quer, de fato, fomentar a cizânia entre os “locais” e os “gaúchos”, a velha tática do Império Romano de dividir para conquistar.

A fantástica batalha de Santarém

12/jun/06 – Ontem, o programa Fantástico – um dos carros-chefe da TV Globo -, dedicou nada menos que 7 minutos para reportar o que denomina por “A guerra da soja” em Santarém (PA).

“Os repórteres do Fantástico chegam a um território marcado por conflitos, ameaças de morte e tensão por todos os lados. É uma região em pé de guerra - um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento. No Brasil, uma cidade está em guerra. E pouca gente sabe... Santarém fica no coração da floresta, no encontro dos rios Amazonas e Tapajós. A cidade de 300 mil habitantes está no centro de uma disputa feroz. De um lado, fazendeiros vindos de outros estados do país, principalmente Rio Grande do Sul e Paraná. Eles querem usar as amplas terras ao redor da cidade para plantar soja. ‘Alimentar o país’ é o lema deste grupo... Do outro lado, ecologistas, Igreja Católica e os moradores antigos da região. O objetivo deles é desenvolver sem agredir a Amazônia”, inicia a reportagem.

Por “ecologistas”, leia-se Greenpeace, que derrama milhões de reais em sua campanha anti-desenvolvimento na região; por Igreja Católica, leia-se religiosos adeptos e seguidores da Teologia da Libertação, considerada herética pelo ex-cardeal Ratzinger, atual papa Bento XVI; e, por moradores antigos da região, entenda-se os milhares de inocentes-úteis, a maioria dos quais lamentavelmente situados abaixo da linha de pobreza, capturados pelo proselitismo verde-herético.

A reportagem é tão tendenciosa em favor do Greenpeace e caterva que muitos cogitam se não se trataria de matéria paga. Confira em http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1214677-4005,00.html a apresentação de material produzido pelo próprio Greenpeace sobre sua frustrada ação direta para bloquear o terminal graneleiro da empresa Cargill em Santarém e a reação da população que abordou o equipadíssimo navio da ONG, o Artic Sunrise, além de outras cenas de “merchandising” explícito.

Paulo Adário, o chefete local da campanha do Greenpeace na Amazônia (o poderoso chefão, Martin Kaiser, movimenta seus peões a partir da Europa), teve o desplante de afirmar que “A nossa soja está alimentando a vaca da Europa. A vaca da Europa é confinada e ela come soja brasileira”, induzindo intencionalmente o telespectador a pensar que isso ocorre apenas com a nossa soja. Trata-se de um engodo propagandístico, artifício utilizado recorrentemente pelo Greenpeace. Como sabe qualquer pessoa do ramo, cerca de 90% da soja produzida no mundo são destinados à ração animal.

Contudo, como se diz na região, o risco que corre o pau, corre o machado. Mesmo tendenciosa, a matéria do Fantástico mostrou que existe uma reação cívico-popular contra a presença do Greenpeace e caterva na região por meio do movimento “Fora Greenpeace, a Amazônia é dos brasileiros”. Setores do aparato ambientalista mostram sinais de apreensão com o provável “contágio” do “efeito Santarém” em outras localidades da região, como mostra a nota acima.

junho 11, 2006

Mais US$ 20 milhões para a internacionalização da Amazônia

O WWF dos EUA acaba de anunciar a maior doação individual já recebida pela ONG – 20 milhões de dólares – do casal Roger e Vicki (Victoria) Sant, notícia nada surpreendente para os nossos leitores. Menos ainda por ser um dinheiro carimbado para o Amazon Regional Protected Areas – ARPA (atenção para a sigla em inglês, mantida sem retorques pelo 'governo' brasileiro)-, programa arquitetado pelo próprio WWF em conluio com o Banco Mundial para “proteger” meio milhão de quilômetros quadrados na Amazônia brasileira por meio de um sistema de parques e reservas naturais que, em última instância “ultrapassará, em dimensão, todo o Sistema Nacional de Parques dos Estados Unidos”. [1]

Para efeitos de comparação, veja-se que o Comando Militar da Amazônia dispõe de apenas R$ 6 milhões (menos de 2,7 milhões de dólares) por ano para novos investimentos na vastíssima região sob sua responsabilidade: são 25 mil homens distribuídos em 124 unidades baseadas em 62 localidades, responsáveis por uma região de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, com 20 mil quilômetros de rios navegáveis e 11 mil quilômetros de fronteiras com sete países.

Em seus quatro anos de funcionamento, o ARPA já protegeu, segundo o WWF, mais de 42 milhões de acres (cerca de 17 milhões de hectares) na Amazônia brasileira.

Roger Sant é co-fundador e Chairman Emérito da AES Corporation que, no Brasil, controla a Eletropaulo. Sant foi igualmente o chairman do WWF nos EUA de 1994 a 2000 e, atualmente, integra a sua diretoria. Em sua mensagem de despedida, Sant ressaltou que as campanhas mundiais do WWF, “Global 200” e “Planeta Vivo”, constituem iniciativas cruciais para introduzir o que qualifica como “um mar em conservação da natureza” porque visa obter “resultados conservacionistas em escala panorâmica”, forçando “governos e outros atores a pensar e agir em grande escala, freqüentemente além de suas próprias fronteiras”. Como exemplo marcante desta abordagem, Sant cita a aliança entre a ONG e o Banco Mundial.

Já a sua esposa Vicki dirige a Summit Foundation, entidade “filantrópica” que tem o controle populacional – malthusianismo mal-disfarçado – como uma de suas principais atividades. A fundação financia, por exemplo, a Federação Internacional de Paternidade Planejada (International Planned Parenthood Federation - IPPF), uma das principais pontas-de-lança do controle de população nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil, onde atua por intermédio de sua subsidiária, a Sociedade de Bem-Estar Familiar (BENFAM).

Como sabem nossos leitores, para os ideólogos do ambientalismo, o homem é considerado o maior predador da natureza e, como tal, deve ser eliminado em determinadas regiões, como a Amazônia. Os mais radicais pregam que a população mundial não deveria passar de 1,5 bilhão de habitantes até o final do século 21. Os cerca de 4,5 bilhões de “excedentes” são exatamente os prolíferos africanos, sul-americanos e asiáticos dos países do antigo Terceiro Mundo.

Notas:
[1]“WWF Receives $20M Gift from Roger and Vicki Sant to Help Safeguard the Amazon”, WWF-EUA, 30/05/06

A intolerável criminalização da soja "amazônica"

Está marcada para o próximo dia 26 em Bruxelas, na Bélgica, a reunião entre o Greenpeace e seis mega-empresas do setor alimentício – do quilate da Mc Donalds e da Kentuck Fried Chicken – para negociar o boicote à compra de produtos que dependam da soja plantada na “Amazônia”. A data foi cuidadosamente escolhida uma vez que todas as atenções estarão voltadas para os jogos da Copa.

A informação foi veiculada pelo portal O Eco acrescentando que, segundo o Greenpeace, o cenário da reunião é “extremamente promissor”. [1]

Devido às evidentes dificuldades operacionais, não seria surpresa se a soja embarcada nos portos “amazônicos” (Santarém, Itacoatiara e Itaqui) venha a ser liminarmente boicotada pelas seis mega-empresas, caso saia o tal acordo. De qualquer modo, o esquema só poderia funcionar com o “convencimento” das grandes tradings: Cargill (que se encontra sob fogo cerrado dos verdes), Bunge, ADM e Grupo Maggi.

Estas, por seu turno, desenvolvem vários esquemas de arreglos com o aparato ambientalista mas que não lhes garantirão, como não tem garantido, qualquer espécie de “tratamento diferenciado”: se dão um pé, lhes exigem depois a mão. O exemplo mais candente neste sentido é o da Cargill, que vem tentando se compor com os verdes por meio de acordo com a The Nature Conservancy, mas com resultados tíbios e uma bem nutrida oposição do Greenpeace. [2]

Lamentavelmente, a estratégia do aparato ambientalista de criminalizar produtos oriundos da “Amazônia” vem dando os resultados esperados: primeiro foi a madeira e, agora, a bola da vez é a soja; e a próxima, seria a pecuária? Isso, para não mencionar os empreendimentos de infra-estrutura.

Se não houver uma forte reação cívica da população e do setor produtivo contra este processo de internacionalização camuflada – dos governos, o que se tem visto (com as exceções de praxe) são atitudes lenientes ou abertamente colaboracionistas, como é o caso do presidente Lula – a economia do Oeste paraense será gradativamente asfixiada até que só restem a fauna, a flora e seus guardiões permitidos, os índios.

Notas:
[1]“Em negociação”, O Eco, 31/05/06
[2]“Santarém, paraíso do econegócio”, Alerta Científico e Ambiental, 14/05/06

junho 01, 2006

"Apagão" à vista: ONGs se articulam em Altamira

Não satisfeito com as enormes áreas transformadas em reservas ambientais pelo presidente Lula em seus dois “pacotes-verdes” no Oeste do Pará, o aparato ambientalista internacional se articula com afinco para esterilizar de vez o que resta na chamada Terra do Meio, região localizada, grosso modo, entre os rios Xingu e Tapajós.

Segundo informações do Instituto Socioambiental, uma das ONGs mais ativas nesse processo, cerca de 45 representantes de ONGs e do governo federal reuniram-se, na semana passada em Altamira (PA), durante o seminário "Perspectivas para a Terra do Meio", para definir estratégias comuns para a implementação das novas reservas ambientais. [1]

Ainda segundo a nota, o Ministério do Meio Ambiente está finalizando o processo de criação de mais duas reservas na região: a do Médio Xingu, com 301 mil hectares, e do Iriri, com aproximadamente 396 mil hectares, ambas na altura do município de Altamira, faltando oficializar a Floresta Estadual do Iriri e a Área de Proteção Ambiental (APA) de São Felix do Xingu.

Textualmente, “a consolidação final do mosaico de UCs da Terra do Meio poderá significar o estabelecimento de um outro grande mosaico contínuo de áreas protegidas ao longo da Bacia do Rio Xingu, desde o norte do Mato Grosso, atravessando o centro do Pará até a altura da sede urbana do município de Altamira. Trata-se de 18 Terras Indígenas (de 24 diferentes etnias) e de dez UCs contíguas, num total de mais de 26 milhões de hectares de floresta amazônica protegidos – provavelmente um dos maiores conjuntos de áreas protegidas do mundo”.

Contudo, o objetivo estratégico do seminário foi o reposicionamento das forças verdes para “selar” a bacia do Xingu para qualquer aproveitamento do seu enorme potencial hidrelétrico, com destaque para a usina de Belo Monte, ex-Cararaô (11 mil MW na nova configuração). Isso fica claro não apenas pelo escolha da emblemática Altamira como local para a realização do seminário, mas, principalmente, por seus financiadores e com o mal-disfarçado lançamento, no evento, do livro “Custos e Benefícios do Complexo Hidrelétrico Belo Monte: Uma Abordagem Econômico-Ambiental”, custeado pela pouco conhecida ONG estadunidense Conservation Strategy Fund (CFS).

O CFS tem um orçamento anual de mais de meio milhão de dólares (2005) e é bancado pelo governo americano via USAID além de contribuições do WWF, Conservation International, The Nature Conservancy e fundações “filantrópicas” como a Gordon & Betty Moore Foundation, do milionário dono da empresa Intel.[2]

Quanto ao seminário em si, foi patrocinado, além do ISA, pelo onipresente WWF, Conservation International, Environmental Defense (ex-EDF) e o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, filial brasileira da ONG Woods Hole Research Center).

Apenas para recordar, foi na emblemática cidade de Altamira que, no início de 1989, houve o famoso encontro das ONGs internacionais que resultou no cancelamento da construção de Cararaô. É lícito concluir que, não houvera tal impedimento, a usina poderia ter sido construída e não teria havido o "apagão" de 2001.

Caso se deseje evitar que a Amazônia se transforme em “bem público mundial”, como planejam o aparato ambientalista e seus patrocinadores, urge formar centros cívicos de resistência nas cidades da região que, à semelhança do movimento “Fora Greenpeace” que se desenvolve em Santarém, sejam capazes de neutralizar os planos delirantes e anti-humanos dos ambientalistas radicais.

Notas:
[1]"Sociedade civil e ribeirinhos aliam-se para implementar áreas protegidas da Terra do Meio", ISA, 22/05/06
[2]"Annual Report 2005", CFS, capturado em 31/05/06

Greenpeaciana típica...

Se vocês quiserem aquilitar o arcabouço mental de um típico arregimentado do Greenpeace, desses primitivos que marcham pelas ruas defendendo não sabem bem o quê, vejam o comentário de uma tal de Koma - um pseudônimo, como seria de se esperar - na nota anterior.

Analisem e vejam porque o Greenpeace e caterva têm que ser literalmente varridos da Amazônia, única forma visível para erradicar a poluição cultural que estão disseminando.

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