maio 25, 2006

A eleição vem aí: "És a favor ou contra o Greenpeace?"

Não é todo dia que ambientalistas profissionais acostumados a ruidosas “ações diretas”, como os do Greenpeace, vêem os papéis invertidos e passam a ser os alvos de protestos de cidadãos prejudicados por suas campanhas. Foi o que aconteceu na última sexta 19, quando o Greenpeace e caterva tiveram que provar do seu próprio "veneno" ao verem seu ultra-equipado navio Artic Sunrise ser todo pichado e ameaçado de ser invadido por populares enfurecidos com a ONG. Sem alternativa, os impetuosos "guerilheiros do arco-íris" tiveram que baixar a crista e se esconder no porão da embarcação para evitar o pior.

Contudo, como dispõe de recursos financeiros ilimitados, o Greenpeace vai continuar sua campanha milionária para causar o maior estrago possível na economia do Oeste do Pará e, assim, provocar o despovoamento da região, um dos objetivos estratégicos do aparato ambientalista internacional.

Em tal quadro, é importante que a aguerrida população de Santarém e arredores se aproveitem do "momentum" favorável obtido - principalmente, o de ordem psicológica - para escalar o processo iniciado não apenas para expulsar o Greenpeace da região, mas para reverter o esvaziamento econômico causado a partir da "caça aos madeireiros" empreendida pelo aparato ambientalista há mais de uma década. Neutralizados aqueles, colocaram os "sojeiros" em sua alça de mira como manobra tática. Todos sabem que a soja produzida na região é ainda insignificante quando comparada com a de outras áreas mais ao sul.

Tendo isso em mente, seria interessante que se atentasse para algumas linhas estratégicas para orientar futuras ações.

1] O porto de Santarém
É a "cabeça" da BR-163. Sem ela, a rodovia perderá muito da sua potencialidade. Mesmo que a Cargill seja muito importante para a região, o porto é que é o fundamental. Assim, o Greenpeace e caterva atiram na Cargill, mas seu alvo é o porto.

2] A BR-163
Há que reverter o "congelamento" da pavimentação do trecho paraense da rodovia imposto pelo aparato ambientalista. Como dito acima, existe uma dependência biunívoca entre a rodovia e o porto. Sem a rodovia, Santarém permanecerá mirando apenas o "rio-mar", virada de costas para o interior.

3] A hidrovia Tapajós-Teles Pires
Empreendimento de execução relativamente simples, mas que foi até agora, para variar, obstaculizado pelas "forças verdes". Além de uma hidrelétrica (não me recordo a potência), o aproveitamento deste potencial traria uma grande dinâmica para a socioeconomia do Oeste paraense.

4] Anulação do "pacote verde" de fevereiro
O deputado Asdrubal Bentes já apresentou, dia 18, um Projeto de Decreto Legislativo propondo a sustação dos efeitos dos decretos de 13 de fevereiro de 2006 - um dos "pacotes verdes" baixados por Lula - que criaram diversas unidades de conservação no oeste do Pará: a reserva ambiental do Tapajós, as Florestas Nacionais do Crepori, do Jamanxim e do Trairão, os Parques Nacionais do Jamanxim e do Rio Novo, a ampliação do Parque Nacional da Amazônia, que, incluídas ao Distrito Florestal Sustentável da BR-163, somam cerca de 25 milhões de hectares. É difícil, como o próprio parlamentar reconhece, mas não é impossível.

Existem ainda alguns outros pontos interessantes, mas acho que é o suficiente por enquanto. Porém, nunca é demais recordar que a própria eleição de outubro representa uma oportunidade ímpar para a população do Oeste paraense dar seu recado colocando os candidatos na parede: "És a favor ou contra o Greenpeace?"

maio 18, 2006

Santarém, paraíso do econegócio

A julgar por relatos do próprio Greenpeace e de outras fontes, a ONG está sofrendo um certo “calor” em Santarém (PA), onde são crescentes as ações do movimento “Fora Greenpeace”. No sábado 13, o Greenpeace tentou exibir, em uma grande tela armada no costado de uma embarcação local, um dos seus vários filmes propagandísticos contra a produção de grãos e outros produtos da cadeia de alimentos na falsa Amazônia, mas foi obrigado a cancelar o espetáculo. Segundo os relatos, não demorou muito para que manifestantes começasse a xingar os ativistas profissionais greenpeacianos e começaram a disparar fogos de artifício contra os barcos da ONG. “A intensidade do ataque fez com que suspendêssemos o nosso cinema ao ar livre por questões de segurança”, diz a nota. [1]

Apesar da legitimidade dos manifestantes em querer expulsar a ONG da região, pelos enormes prejuízos que ela tem causado à socioeconomia do Oeste paraense, é importante que eles analisem com inteligência os próximos passos a serem tomados uma vez que, em embates diretos, o Greenpeace e caterva levam mauito mais vantagem pois são profissionais competentes do ramo e contam com recursos financeiros ilimitados. Não demora muito, o Greenpeace vai se fazer de “vítima” de “espoliadores da floresta”.

O econegócio e a falsa Amazônia
Contudo, muito mais relevante para o futuro imediato da região e do próprio país é se compreender que, em Santarém, se trava uma importante batalha envolvendo o “ecobusiness”, ou econegócio.

Por um lado, o Greenpeace atua para arruinar a economia da região, pressionando, com suas ações intimidatórias inspiradas no método Al Capone, grandes consumidores de soja, carne e outros produtos alimentícios brasileiros, que deixem de comprar aqueles oriundos da “Amazônia”. Por exemplo, a poderosa cadeia de “fast-food” McDonalds tem mantido reuniões de apaziguamento com o Greenpeace e é bastante provável que passe a comprar produtos brasileiros que sejam “Amazon-free”, devendo ser seguida por outras gigantes do setor.

Mas, qual é a “Amazônia” considerada nos acordos? Vejamos o que diz a insuspeita The Economist, tradicional porta-voz do estabelecimento do ex-Império Britânico. Em reportagem do dia 27 passado, sintomaticamente intitulada “Como era verde meu vale” [2], a revista menciona que o Brasil luta para frear desmatamento sem lançar na pobreza dezenas de milhares de madeireiros e agricultores, mas que existe “miséria e fome monstruosas”: “Segundo Luiz Carlos Tremonte, líder de um sindicato de madeireiros, para quem esta tem sido a sina de habitantes do estado amazônico do Pará, desde que o governo brasileiro passou a perseguir madeireiros e outras pessoas que tiram o seu sustento da floresta. ´Os negócios estão parados, milhares de pessoas estão perdendo seus empregos e a ajuda alimentícia não chegou. O sofrimento dos madeireiros não é motivo de celebração, mas, para ambientalistas, o ativismo governamental que o originou, é’”.

Adiante, a revista ressalta o ineditismo deste processo: “A idéia de um país controlar o que ocorre em uma fronteira agrícola é completamente nova”, comenta Stephan Schwartzman, da ONG americana Environmental Defence Fund (EDF) e conhecido difusor do mito da “Amazônia em chamas”.

Porém, muito mais significativo foi o mapa da “floresta amazônica” brasileira que acompanha a reportagem e que é auto-explicativo:



A outra vertente do econegócio
A outra vertente do econegócio que se desenvolve em Santarém é protagonizada pela The Nature Conservancy (TNC, maior e mais rica ONG do mundo, com quase 1 bilhão de dólares em ativos), pelo Governo Britânico e pela Cargill. Em abril do ano passado, a TNC, em parceria com a Embaixada Britânica no Brasil, lançou o projeto Certificação de Soja na Amazônia, que, em dois anos, levantaria informações e verificaria na prática critérios “sócio-ambientais” para a criação de selos de certificação de soja na Amazônia. As atividades de campo envolvem cerca de 200 produtores de soja da região de Santarém, no Pará, e são fornecedores da Cargill.

O Governo Britânico aportou pelo menos R$ 1,2 milhão para o projeto: “O Reino Unido está comprometido com a promoção do desenvolvimento sustentável, aliando o desenvolvimento econômico à proteção ambiental e boa governança. No Brasil, estamos trabalhando com diversos parceiros locais. O apoio oferecido ao projeto da TNC para certificação de soja na Amazônia é parte importante do trabalho em questão”, afirmou na ocasião o embaixador britânico, Dr. Peter Collecott. “O projeto cria incentivos econômicos para que os produtores trabalhem de acordo com a legislação, atacando um dos principais problemas da Amazônia: existem leis avançadas no país, mas que, infelizmente, são seguida por uma minoria dos produtores”, complementou David Cleary, diretor do Programa da Amazônia da TNC. [3]

É compreensível que grandes produtores agropecuários brasileiros da “Amazônia”, acossados por uma propaganda planetária onde são constantemente acusados de “estupradores da floresta” para baixo, tentem, de alguma forma, chegar a alguns entendimentos de compromisso com seus detratores para conseguir alguma “trégua” ou “blindagem”. E é neste momento que aparecem os agentes do econegócio oferecendo seus produtos sob medida para cada caso, acenando com “selos verdes” de ocasião e similares que proporcionariam, aos seus clientes, uma “imagem de responsabilidade socioambiental” na opinião pública e uma espécie de “atestado de boa conduta” para facilitar a aceitação de seus produtos no mercado internacional.

Por exemplo, fazem parte deste esquema os pacotes do “Better Management Practices”, do WWF, oferecidos a cinco grupos de commodities: algodão, óleo de palma, salmão, camarão e soja, contando com projetos em estado avançado para o setor sucroalcooleiro.

Como conseqüência, proliferam no Brasil várias parcerias, formais ou não, de grandes atores do “agronegócio” brasileiro com ONGs como a citada TNC, WWF, Conservation International, Friends of the Earth, Woods Hole Research Center (via filial brasileira, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM) e Imazon, para citar as mais conhecidas.

A realidade, porém, tem demonstrado que a esperada “blindagem” acaba não ocorrendo como esperado. Um dos melhores exemplos é o selo do FSC (Forest Stewardship Council), entidade criada e controlada pela troika WWF-Greenpeace-Friends of de Earth: a maré verde que forçou a quebra do setor madeireiro no Pará e adjacências atingiu também as empresas supostamente “blindadas” pelo FSC que, igualmente, foram obrigadas a demitir muita gente, ou até mesmo a encerrar suas atividades, por falta de matéria-prima, cuja liberação ficou enredada nas severas condicionantes do Ibama desenhadas para reprimir o desmatamento na Amazônia, como exigido pelo aparato ambientalista. Por isso mesmo, alguns madeireiros se mostram apreensivos com o acercamento da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (AIMEX) com o Imazon.

De fato, a própria Cargill vem sofrendo um acirrado ataque do Greenpeace e caterva em todo o mundo, sendo acusada de “destruidora” da floresta e de ter construído seu terminal graneleiro em Santarém ao arrepio das leis ambientais do país. Outro exemplo notável é o do governador de Mato Grosso Blairo Maggi, que tem sido sistematicamente atacado na imprensa internacional como algoz da floresta Amazônica, apesar da Amaggi, empresa controlada por sua família, manter uma parceria com o Imazon e de ter colaborado com o programa Articulação Soja-Brasil, do WWF.

Nem mesmo o presidente Lula - seguramente, um dos maiores benfeitores do aparato ambientalista no Brasil – foi “blindado” em sua recente viagem à Viena (Áustria), onde teve o constrangimento de ser recebido com um bem nutrido protesto do Greenpeace: ativistas da ONG, vestidas com o uniforme da seleção brasileira, seguravam bandeiras com a mensagem: “Don't Play with the Amazon. Não joguem com a Amazônia”. [4]

O importante é se entender que a alta hierarquia do aparato ambientalista manobra com habilidade seus peões que operam por controle-remoto: uns com a tarefa de morder, como o Greenpeace, e outros com a de assoprar, como a TNC. No meio, aquele que vai ser de fato “comido” na manobra, o setor produtivo moderno da região.

O mais lamentável é se constatar, uma vez mais, que o futuro do processo de desenvolvimento socioeconômico de uma região tão importante, como é o Oeste do Pará, esteja sendo decidido no eixo Washington-Londres-Amsterdã. Com o boicote “verde” aos produtos agropecuários, a criação de imensas reservas naturais vedadas a pessoas e a empreendimentos agroindustriais modernos, e a obstaculização sistemática a projetos de infra-estrutura na região, o que estamos constatando é a paulatina escalada para a instauração, de fato, de uma “soberania relativa” na Amazônia.

Notas:
[1]"Greenpeace faz cinema ao ar livre em Santarém e é atacado com fogos de artifício", Greenpeace, 13/05/06
[2]"How green was my valley", The Economist, 27/04/06
[3]"TNC e Embaixada Britânica lançam projeto para certificação de soja na Amazônia", Embaixada Britânica no Brasil, 25/04/05
[4]“Greenpeace protesta contra desmatamento da Amazônia na chegada de Lula à Áustria”, Greenpeace, 11/05/06

maio 13, 2006

Poluição visual...

Vale tudo para conseguir mídia e mais alguns milhares de dólares para as contas bancárias secretas ...



maio 11, 2006

Os podres dos verdes

Sensacional a campanha "Fora Greenpeace" em Santarém. Se alguém ainda duvida das "puras" intenções do Greenpeace, seria altamente recomendável que lessem a entevista do cineasta islandês Magnus Gudmundsson, concedida à revista Veja em 4/maio/94, que reproduzo abaixo. A Reportagem foi de André Petry.


Os podres dos verdes

O islandês Magnus Gudmundsson, 40 anos, já plantou muitas árvores na vida. Na juventude, fazia excursões a uma região da Islândia, país situado no extremo do Hemisfério Norte, só para plantá-las. O jovem ecologista tornou-se o inimigo número 1 do Greenpeace, a barulhenta organização ecológica com 5 milhões de filiados em trinta países. [..] Tomou um empréstimo no banco e produziu um documentário, em 1989, denunciando a entidade: “A intenção era fazer só um. Mas o Greenpeace passou a me atacar onde pode. Agora, estou empenhado em mostrar que eles não produzem consciência ecológica. Produzem manipulação e histeria”, afirma.

Em 1993, fez outros dois, um deles agraciado como o melhor documentário do ano na Escandinávia. Todos são reportagens com pesadas acusações ao Greenpeace. Com a exibição dos documentários, que lhe renderam no total 50 000 dólares, Gudmundsson tem causado ao Greenpeace. “Na Suécia, o Greenpeace tinha 360 000 militantes. Já perdeu um terço. Na Dinamarca, o número caiu à metade. Na Noruega nem existe mais. Eles só têm meia dúzia de funcionários no escritório de Oslo”, diz.


Veja – O Greenpeace é uma organização ecológica séria?

Gudmundsson – O Greenpeace se apresenta como uma entidade que quer proteger o meio ambiente. Na verdade, é uma multinacional que busca poder político e dinheiro. E vai muito bem. Tem poder, uma enorme influência na mídia no mundo inteiro e recolhe 200 milhões de dólares por ano. David McTaggart, que presidiu o Greenpeace por doze anos, é o dono da entidade. A marca Greenpeace está registrada no nome dele na Câmara de Comércio de Amsterdã, na Holanda.

V – É uma empresa privada?

G – Sim. Quem quiser fundar um escritório do Greenpeace tem de pagar ao senhor McTaggart pelo uso da marca. Funciona como um sistema de franquia. O Greenpeace é o McDonald’s da ecologia mundial. Cada escritório no mundo é obrigado a mandar um mínimo de dinheiro por ano para Amsterdã, a sede do Greenpeace International. Oficialmente, deve mandar 24% do que arrecada. Também existe uma cota mínima de contribuição. Só que é tão alta que há escritórios, como o da própria Holanda, que chegam a mandar 60% do que recolhem. Quem não faz dinheiro cai fora. Na Dinamarca, eles demitiram o pessoal todo. Na Austrália também.

V – Não é um meio lícito de sustentar a organização?

G – Deveria ser. Mas no Greenpeace há desvio e lavagem de dinheiro. Quem diz isso é Franz Kotter, um holandês que foi contador da entidade em Amsterdã. Kotter mexia com o dinheiro em contas bancárias secretas. O Greenpeace tem pelo menos dezessete contas secretas em nome de entidades também secretas. O governo francês pagou ao Greenpeace 20 milhões de dólares de indenização por ter afundado o navio Rainbow Warrior, na Nova Zelândia, em 1985. O dinheiro foi depositado na conta do Greenpeace em Londres, mas não ficou lá nem trinta segundos. Foi transferido para uma conta secreta no Rabo Bank, na Holanda. Essa conta está no nome de uma entidade chamada Ecological Challenge. Examinando os registros, descobrimos que a entidade pertence ao senhor McTaggart. Kotter diz que há pelo menos 70 milhões em contas secretas.

V – O Greenpeace engana os 5 milhões de pessoas que são filiadas à entidade?

G – Eles enganam mais do que 5 milhões de pessoas. Existe um bom exemplo disso. Em seus filmes, manipulam o público produzindo cenas forjadas. Foi o que fizeram em 1978, no Canadá. É a cena de um caçador torturando um filhote de foca. O caçador puxa uma corda arrastando a foca pela neve, deixando um rastro de sangue, enquanto a mãe-foca dá pinotes atrás da cria, querendo alcança-la num gesto de desespero. Em seguida, há um close na cara da foca-mãe. O bicho aparece com um olhar quase humano de tristeza. Qualquer espectador fica indignado com o que vê. Mas, através de um computador da Otan que analisa fotos de satélites, foi possível provar que a cena não era um flagrante de trinta segundos, como o Greenpeace dizia. O computador analisou a extensão das sombras na neve e chegou à conclusão de que a filmagem durou entre duas e três horas. Era um vídeo para mostrar o tratamento cruel que os caçadores infligiam às focas. Mas quem organizou a tortura foi o Greenpeace.

V – Esse episódio não pode ser uma exceção?

G – A armação é uma prática. Em 1986, houve outra, O pessoal go Greenpeace pegou um grupo de adolescentes na Austrália e, por duas semanas, promoveu bebedeiras com os jovens. No fim, convenceram o grupo a matar e torturar cangurus. Os jovens estavam bêbados. Aliás, quem filmou a “matança de cangurus” foi o mesmo câmera da armação das focas, Michael Chechik. A cena é horripilante. O grupo maltrata os cangurus e corta a barriga de uma fêmea para retirar de seu útero um feto que se mexe freneticamente. É impressionante. Na ano passado, o porta-voz do Greenpeace na Suécia, Goakim Bergman, admitiu num programa de televisão que a cena fôra forjada. Eles promovem as atrocidades a atribuem-nas aos nativos para promover a sua causa. É um absurdo e uma incoerência. Se a causa é boa, não é preciso manipular.

V – Evitar matança de focas ou cangurus não é uma boa causa?

G- Não sou contra a ecologia. Sou contra a manipulação e a mentira. Com essa farsa, que tipo de consciência mundial ecológica esses grupos estão ajudando a criar? Não é consciência, é histeria. Eles ajudam as pessoas a pensar que estamos à beira de uma catástrofe planetária. Muita gente, embalada por essa balela, dá dinheiro para esses grupos. Gostaria que estivessem dando dinheiro para a pesquisa científica. É a partir dela que se encontrarão as soluções para os problemas ambientais. E não pelo enriquecimento de tipos sem escrúpulos, como David McTaggart, que usa a ecologia para ganhar dinheiro.

[..]

V – O senhor não vê nenhum dado positivo no trabalho que as entidades ecológicas promovem?

G – Os grupos ecológicos são importantes e têm um papel muito sério a executar no mundo. Mas as organizações ecológicas precisam ser críveis, evitar histeria. Promover um trabalho racional e científico. Elas deveriam canalizar seus esforços para conservar o meio ambiente, e não para destruir a sobrevivência de muitas comunidades. O homem tem que viver da natureza, e não a natureza viver à custa do homem. [..] Há ecologistas que desrespeitam os seres humanos. Vi uma vez, na numa reunião ecológica na França, um índio brasileiro. Levaram o índio para lá e o colocaram em exposição como um animal raro. Diziam o que devia fazer, onde sentar, quando levantar. Depois, todos ficaram tomando uísque, conversando. O índio ficou num canto, sozinho. Tive pena de sua solidão.

V – Não existe uma entidade ecológica séria?

G – Os grupos sérios que conheço atuam em âmbito local. Há um grupo seriíssimo na Noruega, por exemplo. É o Bellona, que faz trabalha contra a poluição ambiental. Faz um trabalho científico. É tão positivo que quando descobre alguma coisa errada numa indústria os primeiros a lhe dar atenção são os empresários. Um grupo ecológico não pode encarar a indústria como um monstro. As indústrias foram erguidas pelo homem porque a humanidade precisa delas. Só deve aprender como usá-las com o menor dano possível à natureza. Proibir a caça da foca na Groelândia ou a produção de madeira na Amazônia é um cinismo porque destrói o meio de vida de comunidades inteiras. Há que evitar o extermínio das focas ou a destruição da Amazônia, mas não se pode destruir o homem. A humanidade não está dividida entre os verdes e os monstros. Queremos todos sobreviver.

V – As grandes organizações ecológicas nunca trouxeram benefício?

G – O Greenpeace fez o governa da França parar de promover testes nucleares na atmosfera. Sou inteiramente a favor dessa proibição. Não sou especialista em testes nucleares, mas não me agrada a idéia de explosões nucleares, pelo prejuízo que trazem ao meio ambiente. O problema é quando isso se torna um amontoado de mentiras. Se as explosões são ruins, isso não quer dizer que a energia nuclear também o seja. Sou a favor da energia nuclear para fins pacíficos. Mas já vi propaganda ecológica mostrando um sapo de três pernas que se criou perto de uma usina nuclear nos Estados Unidos. Era mentira. Não se mostrou nenhuma evidência científica de que o defeito tenha sido provocado pela radioatividade.

V – Há mentiras sobre tudo?

G – Já se chegou ao delírio de afirmar que o Brasil destrói, por dia, na Floresta Amazônica uma área igual à da Alemanha. Fiz os cálculos. Se fosse verdade, a floresta inteira estaria no chão em menos de um mês. Também se mente sobre a caça das baleias. Venderam a idéia de que era preciso preservá-las. Há setenta espécies de baleia, e algumas nunca foram caçadas porque não dão boa carne para o consumo humano. Na virada do século, aí sim, as baleias corriam o risco e os próprios países que costuma caça-las tomaram medidas para evitar sua extinção. Essa é uma questão muito antiga, mas os ecologistas parece que tomaram conhecimento dela agora. Na década de 80, o Greenpeace, sem nenhuma base científica, inventou de proibir a caça à baleia. De lá para cá, protegeu-se tanto as baleias que meu país, a Islândia, se encontra à beira de um desastre ecológico. Elas são tão numerosas que comem 1,5 milhão de toneladas de peixe por ano, mais que todos os pescadores do país conseguiram pescar nesse período.

V – O senhor e sua família comem carne de baleia?

G – Claro. É uma tradição cultural na Islândia. É quase como proibir os brasileiros de comer arroz com feijão. Como carne de baleia sem remorso, assim como meus antepassados fizeram há milênios. Nem por isso quero o extermínio das baleias. Quero que existam, em abundância, mas a serviço da sobrevivência humana. A proibição da caça à baleia só foi aprovada por causa da corrupção dos ecologistas.

V – Como assim?

G – O Greenpeace usou 5 milhões de dólares para subornar os delegados de pelo menos seis países na Comissão Internacional de Caça à Baleia. Foram os delegados de Costa Rica, Santa Lúcia, Antígua, São Vicente, Belize e Seyschelles. Houve casos em que militantes do Greenpeace sentavam à mesa de negociações como se fossem delegados de governo. Quem conta isso é um biólogo marinho, Francisco Palaccio, que trabalhava para o Greenpeace. Ele dispunha de 5 milhões de dólares, depositados num banco das Bahamas, para subornar os delegados. Pagava viagens turísticas ao exterior para eles e suas mulheres com hospedagem em hotéis de luxo. Na década de 80, o Greenpeace conseguiu maioria para aprovar a proibição da caça à baleia. O próprio Palaccio sentou-se com a comissão como delegado de Santa Lúcia. A assessoria científica da comissão já fez um estudo alertando que a proibição da caça à baleia é uma aberração e está causando problemas ecológicos.

V – Se não são sérias, como as entidades ecológicas conseguiram tanto ao redor do mundo?

G – Eles fazem mais barulho do que recolhem apoio. Vi um protesto de jovens em Washington na frente de um restaurante que servia peixes da Islândia. O protesto acabou quando as luzes das televisões foram desligadas. Então, o Greenpeace pagou 5 dólares para cada um dos presentes e eles foram embora. Falei com alguns dos manifestantes. Muitos não sabiam a razão do protesto nem onde fica a Islândia. Isso é barulho, não é apoio. Mas, mesmo que se admita que tenham apoio, em parte isso se deve à idéia fácil que vendem. Fazem uma propaganda de tal modo que fica parecendo que quem não é ecologista é favorável à destruição da Floresta Amazônica ou quer matar todos os cangurus da Austrália. Ninguém quer isso. Nem os madeireiros da Amazônia nem os caçadores de canguru. Mas os grupos ecológicos usam argumentos emocional para defender sua causa. E, em geral, são contestados com argumentos técnicos. Os argumentos emocionais pesam mais para a maioria das pessoas. Afinal, nem todos temos informações técnicas, mas todos temos coração.

V – A propaganda de produtos naturais não ajuda a formar uma consciência ecológica?

G – Na maioria dos casos ajuda a encher os bolsos de quem vende. O ambientalismo movimenta bilhões de dólares por ano. Um executivo de uma entidade ecológica nos Estados Unidos ganha mais de 10 mil dólares por mês. Mas não são só eles. Anita Roddick, a dona da famosa Body Shop, que se vangloria de só vender cosméticos ecológicos, ganha dinheiro à beça. Estive com ela uma vez numa palestra. Ela disse que os produtos ecológicos da Body Shop não são testados em animais para não fazê-los sofrer. É mentira. Roddick vende os cosméticos nos Estados Unidos, onde a lei só permite que sejam comercializados se forem testados em animais. Ela não está preocupada com a ecologia, quer apenas fazer dinheiro.

V – O senhor não tem receio de estar sendo manipulado pro governos com interesses na caça à baleia ou indústrias poluentes?

G – Sou procurado por todo tipo de gente. Por políticos que querem manipular minha mensagem ou fabricantes que causam um dano enorme à natureza. Sou jornalista, atendo a todos os telefonemas porque podem ter informação importante para me fornecer. Mas não trabalho para mingúem nem jamais aceitei dinheiro de nenhum órgão. Como jornalista, estou procurando a verdade. Faço conferências para quem me convidar. Falo para partidos de esquerda ou direita, para empresários ou grupos ecológicos. O Greenpeace me acusa de várias coisas, dependendo do país. Na Europa, dizem que estou vinculado a esquadrões da morte latino-americanos. Nos Estados Unidos, dizem que sou anti-semita ou pertenço à seita Moon. Enfim, há de tudo.

V – O senhor gostaria que seus filhos tivessem militância ecológica?

G – Só me preocuparia se entrassem para uma entidade tipo Greenpeace. Nenhum pai ficaria tranqüilo vendo seu filho ser manipulado.

maio 03, 2006

Greenpeace ou "Pax Verde"?

No início do mês passado, o Greenpeace lançou, com grande estrépito, uma campanha mundial contra a produção de alimentos originados da Amazônia Legal brasileira – e não do bioma de mesmo nome, só para confundir, intencionalmente, a opinião pública mundial.

Em realidade, a campanha foi decorrência do relatório feito pelo Greenpeace, “Comendo a Amazônia” (Eating Up the Amazon), visando toda a cadeia produtiva da soja e seus derivados. “Este crime começa na Amazônia e se estende por toda a indústria de alimentos da Europa. Redes de supermercados e de fast foods, como o Mc Donald’s, devem se certificar que não estão usando soja produzida na Amazônia em seus produtos se não quiserem ser cúmplices de crimes ambientais e sociais, como trabalho escravo e outros abusos aos direitos humanos”, disse Gavin Edwards, coordenador da campanha de Florestas do Greenpeace Internacional. [1]

Em suma, essa mega-campanha do Greenpeace marca uma nítida mudança de fase na estratégia para inviabilizar o desenvolvimento e o povoamento da Amazônia e do Cerrado, onde os antigos vilões da região – os madeireiros, feridos de morte no governo Lula -, são substituídos por “sojeiros” e pecuaristas.

De fato, não se trata de algo novo. O Greenpeace plagiou e ampliou outros estudos anteriormente feitos pelo aparato ambientalista, sendo o mais conhecido “A conexão hambúrguer alimenta a destruição da Amazônia” [2]

Greenpeace ou "Pax Verde"?
Essa nova ofensiva ambientalista sobre a Amazônia deve ser vista, estrategicamente, sob o prisma da doutrina de “militarizar” a questão ambiental como evidenciada, por exemplo, no documento United States Security Strategy for the Americas (Estratégia de Segurança dos Estados Unidos para as Américas), publicado pelo Departamento de Defesa em setembro de 1995.

Por conta disto, não surpreende que o general Patrick Hughes, diretor da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA), tenha dito, numa conferência proferida em 9 de abril de 1998, no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), que uma das hipóteses de conflito que as Forças Armadas dos EUA prevêem como possíveis nas próximas duas décadas é uma intervenção na Amazônia brasileira, para evitar danos ambientais que possam, eventualmente, provocar impactos sobre os interesses estadunidenses. [3]

Mais recentemente, verifica-se que o requentamento do discurso sobre a “internacionalização” da Amazônia ocorre em paralelo com a adoção do conceito de “soberania efetiva” pelas lideranças militares do atual Governo dos EUA, o qual foi apresentado pelo secretário de Defesa Donald Rumsfeld na V Conferência de Ministros da Defesa das Américas, em Santiago do Chile, em novembro de 2002. Segundo ele, o preceito se aplicaria a quaisquer áreas sobre as quais os governos da região não possam, por um motivo ou outro, exercer um pleno controle territorial. Nas discussões, as favelas brasileiras foram mencionadas como um exemplo de tais áreas.

Isso para não mencionar declarações de autoridades de outras potências sobre a soberania da Amazônia, sendo a mais recente a proferida pelo ex-comissário de Comércio da União Européia (atual diretor-geral da Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy. Em 21 de fevereiro de 2005, em uma palestra realizada em Genebra, Suíça, sobre o tema “As lições da Europa para a governança global”, Lamy afirmou que a floresta amazônica e as demais florestas tropicais do planeta deveriam ser consideradas “bens públicos mundiais” e submetidas a uma gestão coletiva pela comunidade internacional.

Em particular, as investidas do aparato ambientalista-indigenista podem ser consideradas autênticas ações de guerra irregular contra a soberania nacional, ou “guerra de quarta geração”. Este último conceito, que está sendo discutido entre certos círculos militares e estratégicos da América do Norte e da Europa, se refere a campanhas em que um Estado nacional se defronta com oponentes não-estatais, como organizações terroristas e/ou criminosas – ou, no caso brasileiro, ONGs contrárias ao desenvolvimento nacional.

Tudo somado e analisado, se pode dizer que estão em curso, na Amazônia, desdobramentos de ações de “guerra de quarta geração” onde territórios não são conquistados no sentido militar clássico, mas neutralizados em seu pleno desenvolvimento socioeconômico e conseqüente povoamento para, em uma fase posterior, serem declarados como territórios sem “soberania efetiva”. Trata-se, portanto, de uma doutrina exógena, de cunho estratégico-militar, cuja denominação não poderia ser outra senão a de “Pax Verde”.

Notas:
[1]"Crimes contra a Amazônia à venda nas prateleiras de supermercados e fast foods da Europa", Greenpeace, 6/04/06
[2“Hamburger connection fuels Amazon deforestation”, Center for International Forestry Research, 2004

[3]“Pentágono quer militares ibero-americanos protegendo o meio ambiente”, Alerta Científico e Ambiental, 10/06/97

A Amazônia já era nossa

Leia este folheto recém-publicado pelo Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa) explicando, de forma concisa, os objetivos, metodologia e o avanço da verdadeira "conquista territorial" que o aparato ambientalista vem obtendo na Amazônia.

Eis o índice:

- A Amazônia sob regime de "soberania relativa”
- As Forças Armadas e a “guerra de quarta geração”
- A “conquista verde” do Oeste paraense
- BR-163: como bloquear um projeto vital sem se sentir culpado
- ONGs querem “blindar” a Manaus- Porto Velho

O folheto está sendo distribuído aos milhares, mas você pode solicitar um exemplar, gratuitamente, enviando uma mensagem eletrônica para msia@msia.org.br.

maio 02, 2006

Não à "República de Marina" e à "República de Meirelles"

Aos poucos, a realidade vai se impondo. Se no Oeste paraense a população começa a se levantar contra a ecoditadura que o governo Lula vem impondo à região, um pouco mais ao sul, em Mato Grosso, os produtores agropecuários intensificaram seu protesto contra as políticas agrícolas e econômicas (sic) do governo federal.

O nome do movimento dos matogrossenses, "Grito do Ipiranga", não deixa dúvidas tratar-se igualmente de uma luta cívica em prol de uma independência, desta feita, da ditadura usurária imposta pelo Banco Central. Notícias recentes informam que, desde a semana passada, os produtores mantêm interditados trechos de quatro -BRs 174, 364, 163 e 158- das cinco rodovias federais que passam pelo Estado, segundo a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso. Entre outras reivindicações, os produtores querem redução no preço do diesel, seguro para safras e novas linhas de crédito no banco.

O próprio governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), reconheceu que os embarques de soja para exportação podem ser interrompidos já na semana que vem, por causa dos bloqueios dos agricultores.

Não surpreende que os manifestantes do "Grito do Ipiranga" venham exigindo o impeachment do presidente Lula com faixas dizendo "Fora Lula. Impeachment já". "Da forma como ele [Lula] vem conduzindo o país, eu acho que ele está quebrando o Brasil. Na nossa região, não temos mais o que fazer porque não se vê mais dinheiro. Não conseguimos mais gerar empregos", disse o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan. [cf. Folha de São Paulo, 2/05/06].

Com a submissão ostensiva da política ambiental ao aparato ambientalista-indigenista internacional e da política econômica aos mercados financeiros, Lula dá um grande passo em um processo que se assemelha a uma virtual dissolução do Estado nacional brasileiro, cujas funções vitais têm sido suplantadas exogenamente por estruturas de "governo mundial", em benefício de oligarquias transnacionais.

Assim, "Fora Lula" e "Fora Greenpeace" são expressões que surgiram, inevitável e independentemente, do sentimento de revolta das populações contra a "República de Meirelles" e contra a "República de Marina".

Em algum momento que, esperamos, esteja próximo, os dois movimentos acabarão se unificando.

maio 01, 2006

Fora Greenpeace

Me entusiasmei com o movimento cívico de cidadãos e cidadãs, que cresce a olhos vistos em Santarém e outras cidades do Oeste paraense, de reação contra a atuação de inúmeras ONGs que promovem milionárias campanhas, nominalmente em defesa do "meio ambiente" mas que, em realidade, atingem em cheio o desenvolvimento socioeconômico na região.

Corretamente, o movimento está centralizando seu poder de fogo na transnacional Greenpeace com os agora já famosos adesivos contendo as palavras de ordem que sintetisam bem o espírito do movimento: "Fora Greenpeace, a Amazônia é dos Brasileiros".

Meu entusiasmo se deriva, em grande medida, por reconhecer no movimento paraense o mesmo sentimento de revolta que mobilizou os técnicos do setor nuclear, há mais de 15 anos, contra o Greenpeace e caterva que então promoviam uma intensa, milionária e falaciosa campanha de "apartheid tecnológico" para impedir a construção da usina nuclear de Angra 2.

Nesse ponto, permitam-me que me apresente. Sou engenheiro (com especialização na construção de centrais nucleares) e um dos autores do livro Máfia Verde 2: ambientalismo, novo colonialismo.

Assim, participei ativamente da vitoriosa campanha encetada pela ABEN (Associação Brasileira de Energia Nuclear) que botou o Greenpeace para correr e permitiu a conclusão da usina de Angra 2. Tenho, portanto, autoridade para afirmar que sim, é possível derrotar o poderoso Greenpeace.

Para tanto, é necessário que a população em geral conheça realmente o que é o Greenpeace, quais são seus propósitos e seus métodos para a arrecadação de dinheiro que monta a centenas de milhões de dólares por ano. Um bom começo é o folheto Greenpeace: tropa de choque do "governo mundial". Lá vocês podem ver o que disse Robert Hunter, um dos fundadores da ONG, sobre a tática de propaganda da organização: “Não é que tenhamos mentido. Isto nunca é feito na propaganda moderna. Mas pintávamos um quadro muito exagerado sobre os múltiplos perigos que seriam deflagrados... tsunamis, terremotos, nuvens radiativas, dizimação da pesca, bebês deformados. Nunca dissemos que isto aconteceria, mas que poderia acontecer.” E enunciou a máxima do marketing nitidamente belicoso do Greenpeace: “Em lugar de mísseis, nós disparamos imagens: bombas mentais transportadas pela mídia mundial”.

Ou seja, para arrecadar dinheiro dos incautos, o Greenpeace promove suas cinematográficas "ações diretas" perpetradas por ativistas profissionais, com treinamento paramilitar, para causar o maior impacto possível e assim obter cobertura da mídia nacional e internacional. Faturam por "centimetragem" de notícias dos seus "guerilheiros do arco-íris" que aparecem nos jornais.

Assim, quando os milhares de desempregados do setor madeireiro, agropecuário e outros no Oeste paraense começarem a correlacionar suas agruras com as campanhas do Greenpeace, e que isso seja devidamente veiculado pela grande imprensa, como ocorreu com os adesivos, podem estar certos que os "guerrilheiros do arco-íris" serão atingidos em sua parte mais sensível: o bolso.

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